Por mais que as águas do Lago Guaíba baixem, como boa parte das cidades do Rio Grande do Sul está no limite, a inundação só diminuirá se for drenada. O governo federal prometeu, nesta quinta-feira (16), um plano de ação emergencial.
Bombas de grande porte, usadas na transposição do rio São Francisco e por estados que enfrentam inundações, serão transportadas para acelerar o processo nas regiões gaúchas alagadas. Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) transportarão os equipamentos.
“Eles vão fazer um plano de trabalho específico para o bombeamento dessa água. Não precisa esperar toda Porto Alegre ficar seca para fazer um grande plano. A medida que algum bairro vai secando já pode apresentar um plano de limpeza daquele bairro para restabelecer o máximo de normalidade possível ali para a população”, disse o ministro Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional.
Das 23 bombas ao longo dos diques, em Porto Alegre, apenas duas funcionaram quando as águas começaram a subir, segundo o governo federal. As casas de máquinas foram alagadas e muitas estavam com problemas elétricos. Atualmente, nove estão em operação.
Ações contra novas enchentes
Também foi apresentada uma estratégia para evitar novas enchentes no Rio Grande do Sul. Um dos objetivos é impedir que as águas da Serra Gaúcha cheguem aos vales, por meio de barragens ou desvio para outros mananciais.
Acelerar o processo de drenagem da Lagoa dos Patos, com abertura de novos canais para o oceano, também está na mira das intervenções contra enchentes. Ainda há a previsão de reforçar e aumentar as áreas protegidas por diques na Região Metropolitana de Porto Alegre. Tudo isso deve ser feito em parceria com os governos estadual e municipais.
Saque-calamidade
Hoje, mais 17 cidades gaúchas foram autorizadas pela Caixa Econômica Federal a liberarem o saque-calamidade para os trabalhadores. O valor máximo é de R$ 6,22 mil por pessoa. A população de 59 municípios do estado já pode sacar o dinheiro.