Em Rondônia, perto da fronteira com a Bolívia, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 609 kg de cocaína na última terça (5). A droga estava escondida num compartimento secreto de um caminhado parado pelas autoridades para uma vistoria de rotina.
A sequência da investigação levou a polícia até uma propriedade rural, onde mais de 1 tonelada da droga foi encontrada dentro de uma caixa d’água, enterrada. No total, 1,7 mil kg de cocaína foram apreendidos, avaliados em R$ 300 milhões.
Toda a droga foi incinerada pelos policiais. A cocaína, supostamente, veio da Bolívia e cruzou a fronteira na cidade de Costa Marques. De lá, até São Miguel do Guaporé, onde foi enterrada, são 200 km.
A polícia acredita que a droga é armazenada em propriedades rurais, que funcionam como centros de distribuição. De lá, ela é despachada em caminhões, como o que foi descoberto pela PRF na BR-364, em Pimenta Bueno, sentido Cuiabá, capital do Mato Grosso.
“Essa droga, então, entrou por barco, provavelmente por Costa Marques. Nós temos diversas outras localidades nessa fronteira Oeste por onde essa droga pode ter entrado”, explicou Andrei Milton, assessor da PRF.
A polícia suspeita que essa pode ser uma nova rota utilizada pelo tráfico internacional de drogas. As quadrilhas estariam em busca de alternativas para transportarem a cocaína da fronteira até os grandes centros comerciais e, principalmente, para portos, onde é embarcada, ilegalmente, para a Europa e Estados Unidos.
Um dos indícios é a embalagem da droga. Os tabletes apreendidos em Rondônia estavam divididos em dois grupos: um com a foto do Al Capone, famoso gangster do século passado, e o outro com a imagem do narcotraficante mexicano El Mencho.