Rio: presos por atearem fogo em ônibus irão para presídios federais, diz Castro

Em entrevista coletiva, governador Cláudio Castro disse que suspeitos presos por atearem fogo em ônibus responderão por crimes de terrorismo

Da redação

Cláudio Castro defende ida de criminosos para presídios federais
Isac Nobrega/Presidência da República

O governador Cláudio Castro (Republicanos) disse que os 12 suspeitos de atearem fogo em ônibus, no Rio de Janeiro, responderão por terrorismo e serão encaminhados, imediatamente, para presídios federais. A declaração foi dada após ataques na Zona Oeste da capital após morte de sobrinho do miliciano Zinho.

“É importante dizer que prendemos 12 criminosos ateando fogo em ônibus. Esses criminosos já estão presos por ações terroristas. Como ações terroristas, estarão sendo encaminhados, imediatamente, para presídios federais. Lá são locais de terroristas”, disse o governador em entrevista coletiva.

Os primeiros ataques ocorreram na tarde desta segunda-feira (23). Mais cedo, durante troca de tiros com a polícia, Mateus Resende, número 2 da milícia na Zona Oeste e sobrinho de Zinho, principal miliciano da região, morreu. Após a operação, Castro elogiou os policiais.

Na mesma entrevista coletiva, o governador também ressaltou que os ataques não previstos porque ocorreram repentinamente, sem planejamento prévio, somente em resposta à morte de Mateus. 

Crime organizado, não ouse desafiar o Estado. Nosso plano de contingência já está ativo desde as primeiras horas. Todo o contingente da Polícia Militar e Polícia Civil está nas ruas, garantindo que a vida da população volte ao normal (Cláudio Castro, governador do Rio)

Ligação para o ministro da Justiça

O governo informou que todo o efetivo das polícias Civil e Militar está nas ruas. Também disse que ligou para o prefeito Eduardo Paes (PSD) e para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).

“Também liguei para o prefeito da cidade, Eduardo Paes, liguei para o ministro da Justiça, o senador Flávio Dino, para que nós possamos, juntos, garantirmos à população do Rio de Janeiro que o crime organizado terá, em nós, uma fronteira firma entre a lei, ordem e o que eles querem fazer neste estado”, continuou Castro.

Incêndios em ônibus e trem

Os ataques atingiram ao menos 35 ônibus, além de uma estação de BRT, um trem da Supervia, dois caminhões e dois carros de passeio que também foram incendiados. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro para conter os criminosos.

O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, determinou a suspensão das aulas em todas as escolas nas áreas abrangidas pelos criminosos. Pelo menos 15 mil alunos da região foram afetados. Uma criança foi baleada, mas foi socorrida e já teve alta.

A circulação de ônibus na região também foi suspensa na cidade pelos ataques, o que afetou trabalhadores que voltam para casa no início da noite.

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