No dia 9 de julho se comemora em São Paulo o dia da Revolução Constitucionalista de 32, mas será que as pessoas sabem o que esse momento representou? Foi uma resposta da população de São Paulo às atitudes de Getúlio Vargas. O presidente assumiu o poder em 1930, prometendo eleições e mudanças que não aconteceram.
Até que vem o estopim: 23 de maio de 1932. Revolta popular na capital paulista que resultou em quatro mortos na Praça da República por tropas getulistas. Martins, Miragaia, Drausio e Camargo. Começava ali o movimento MMDC.
A revolução estoura em 9 de julho e os paulistas tomaram os quarteis. A guerra durou três meses e o combate com as tropas federais mais bem equipadas foi intenso. Esgotadas, as tropas paulistas começavam a recuar e cidades que ficavam atrás das linhas de combate eram atacadas com aviões.
Campinas foi um dos principais alvos dos ataques aéreos, dos vermelhinhos de Getúlio Vargas. Na época, com um dos mais importantes entroncamentos ferroviários do estado, a cidade era bombardeada para impedir o envio de tropas e de mantimento.
Em um desses ataques uma vítima. Aldo Quiorato, de apenas 8 anos, que estava em um bonde que saia da estação central foi atingido e morreu. Um dos muitos momentos marcantes daquela guerra que o historiador Eric Apolinário tenta resgatar e reunir em um livro.
A previsão é que o trabalho seja concluído e publicado em 9 de julho de 2022, quando a revolução completa 90 anos. Um movimento que perdeu no campo de batalha, mas conseguiu dois anos depois o que reivindicava: uma nova Constituição.