O presidente Jair Bolsonaro prepara para a semana que vem uma troca de cadeiras nos ministérios de seu governo. Entre as mudanças, o Ministério do Trabalho deve ser recriado.
As trocas de ministros vão ser feitas para fortalecer o “centrão” no coração do Planalto.
“Já estamos trabalhando inclusive numa pequena mudança ministerial, que deve ocorrer na segunda-feira, para ser mais preciso, né?”, explicou.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do Progressista, deve ir para a Casa Civil, em lugar de Luiz Eduardo Ramos. O general pode ser nomeado para a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente nas mãos de Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Para acomodar o deputado gaúcho, a ideia é recriar o Ministério do Trabalho - a pasta está atrelada ao Ministério da Economia.
Desde que foi nomeado, Paulo Guedes comanda um “superministério”, com a fusão de quatro órgãos. Apesar de perder espaço, ele justificou.
“Vamos acelerar o ritmo de criação de emprego, inclusive com uma reorganização nossa interna. São novidades que o presidente deve trazer rapidamente”, justificou Guedes.
O convite a Ciro Nogueira não foi oficializado, mas ele já falou a amigos que, se for chamado, aceitará o convite.
A Casa Civil é uma espécie de “gerência” do Planalto: cuida para que os ministérios trabalhem em conjunto, além de bater o martelo sobre todas as nomeações em cargos do governo. Exatamente por isso, é vital para a articulação com o Congresso.
O objetivo é garantir o apoio do centrão, responsável por quase metade das cadeiras da Câmara e um terço do Senado.
Bolsonaro herdou uma esplanada com 29 ministérios e secretarias. Ele havia prometido reduzir o número para 15, mas ao assumir, formou 22 ministérios: recriou as Comunicações no ano passado, e o Banco Central perdeu status ministerial. Se a Medida Provisória com o desmembramento do trabalho sair na próxima segunda-feira (26), serão 23 ministérios no total.
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