Repercussão mundial. Uma história que começou na Itália e teve desdobramentos no Brasil. Robinho, ídolo de outros tempos, vive agora como presidiário. Ele cumpre nove anos na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.
O ex-jogador foi condenado pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa, em uma casa noturna na Itália, em 2013. A defesa de Robinho pede que haja equilíbrio entre a condenação da Itália e a lei brasileira.
“Não há crime hediondo, a figura do crime hediondo na Itália, e no brasil há. E o STJ aplicou a figura do crime hediondo para o caso e a defesa entende que isso é incompatível”, explicou Wellington Arruda, advogado criminalista.
Se a Justiça negar os pedidos e não houver revisão da pena, Robinho só deve conseguir o benefício do regime semiaberto a partir de 2027, quando terá cumprido 40% da pena.
O caso ganhou um novo capítulo com a morte de um antigo amigo. O segurança de Robinho foi encontrado morto na última terça-feira, em Santos, litoral paulista. Segundo a Polícia, ele se jogou do decimo primeiro andar de um prédio. Rudney tinha 46 anos.
Ele e outros três parceiros de Robinho não foram julgados na Europa porque retornaram ao Brasil antes da primeira audiência do caso, em 2016. No local onde o crime aconteceu, todos comemoravam o aniversário do próprio Rudney.
A defesa de Robinho tenta reverter a prisão. No Supremo Tribunal Federal, os advogados entraram com um habeas corpus, que deverá ser julgado em breve. Já no Superior Tribunal de Justiça existe um embargo. É um pedido para esclarecer possíveis omissões na decisão.