Praga, na República Tcheca, e Viena, na Áustria, estiveram no roteiro da servidora pública Christina Sik e do marido, na última viagem que fizeram, há poucos meses. Voltaram com muitas boas lembranças, mas pouca coisa na mala.
“Umas lembrancinhas, uns iminhas de geladeira. Ficou por aí. O IOF estava ainda alto e o euro, como a gente foi para Europa, também está muito alto”, disse Christina.
Com um câmbio desfavorável assim, qualquer desconto ajuda. É aí que vem uma boa notícia para aliviar um pouco. As compras com cartão de crédito no exterior ficaram mais baratas neste começo de ano. É que o imposto sobre operações financeiras (IOF), cobrado nessas operações, caiu de 4,38% para 3,38%.
O corte segue uma tabela de redução gradual até zerar o imposto em 2028. A medida foi adotada no governo anterior para facilitar a movimentação de dinheiro e cumprir requisitos de entrada do país na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Vale lembrar que essa redução é bem-vinda, ainda que o dólar tenha sofrido uma grande valorização ao longo de 2024, quando o real perdeu quase 30% de valor frente ao dólar. É pelo menos aí, digamos, um alívio, mesmo que pequeno perto dessa desse grande desafio decorrente da perda de valor do real”, explicou o economista Murilo Viana.
O IOF cobrado na compra de moeda em espécie também será zerado em 2028, mas, até lá, seguirá com alíquota de 1,1%. Para quem viaja, ainda tem a opção de usar cartões de contas internacionais, em que as conversões também pagam IOF menor que o crédito.