Em duas reuniões nesta segunda-feira (29), o ministro da Saúde negociou mais vacinas e pediu para a Pfizer antecipar a entrega de doses. Para os Estados Unidos solicitou o empréstimo de imunizantes que ainda não podem ser usados pelos americanos. As informações são do Jornal da Band.
São cerca de 25 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca paradas em solo americano e que podem fazer a diferença no Brasil. O ministro da Saúde está de olho no estoque. Em conversa com o embaixador americano, propôs um empréstimo: o país manda o máximo possível de imunizantes para cá, e quando a licença de uso desse imunizante for autorizada para os americanos, o governo brasileiro devolve. A expectativa é que o registro seja concedido em junho. Até lá, a promessa é de que a Fiocruz esteja fabricando 1 milhão de unidades da vacina da Oxford por dia.
“Por que o Brasil teria de ter uma preferência? Porque o Brasil nesse momento, ele está sendo celeiro das variantes do coronavírus mais perigosas. Então, pra não colocar o mundo em risco. Nós precisamos de um apoio internacional”, disse Jonas Donizette, líder da Frente Nacional de Prefeitos.
Os Estados Unidos já fizeram essa negociação com México e Canadá. Agora, a decisão depende do presidente Joe Biden.
Marcelo Queiroga se reuniu também com o comando da Pfizer no brasil e pediu a antecipação das doses. O ministério da Saúde comprou 100 milhões de vacinas com entrega até o fim do ano. A intenção, a depender da capacidade de fabricação do laboratório, é receber pelo menos 50 milhões nos próximos 3 meses.
Depois das conversas, Queiroga debateu medidas com o Congresso. E anunciou uma campanha para incentivar a população a se proteger, com distanciamento e máscaras.
"Nós estamos como estamos porque medidas que deveriam ter sido colocadas em pratica foram colocadas parcialmente. Isso não vai ser resolvido na base da lei. Vai ser resolvido na base da conscientização da população”, defendeu o ministro.
Já a primeira reunião do comitê criado entre governo e Congresso para definir medidas de enfrentamento ao vírus, prevista para esta segunda, foi cancelada. A ideia é aumentar a participação dos governadores.
Também nesta segunda, o vice-presidente Hamilton Mourão recebeu a primeira dose da CoronaVac.