Na primeira coletiva após ser nomeado como ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse que a meta é triplicar a atual taxa de vacinação a curto prazo e chegar a 1 milhão de pessoas vacinadas por dia, mas não explicou como fará isso.
“O ministro da Saúde e o governo assumem um compromisso, de em curto prazo, aumentar pelo menos em três vezes a velocidade da vacinação, para um milhão de vacinas todos os dias”, garantiu.
Queiroga afirmou ainda que a pasta trabalha para criar uma secretaria especial para o combate ao coronavírus. Outra promessa é visitar os hospitais para propor melhorias.
Porém, Marcelo Queiroga não falou sobre o principal problema do momento: a falta de medicamentos para intubação em hospitais de várias regiões do país.
Quanto ao tratamento precoce, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro afirmou que não existe remédio com eficácia comprovada contra a doença.
O novo ministro ainda trouxe de volta uma velha figura identificada com as campanhas de vacinação. Com um abraço no Zé Gotinha, e promessa de focar na ciência, o ministro anunciou uma mudança de tom em relação à pandemia.
“Temos que olhar para frente e buscar o que existe de comprovado. E é isso que o Ministério da Saúde vai fazer”, garantiu Queiroga.
Polêmica sobre dados de mortos
Uma mudança na captação dos dados da pandemia contrariou os técnicos responsáveis por preencher as atualizações sobre as mortes por covid-19. Vista como uma manobra para maquiar o aumento de óbitos, a medida não foi explicada pelo novo ministro da saúde, que demonstrou incomodo com as acusações.
“Eu não sou maquiador, eu sou médico. Minha função não é maquiagem, é salvar vidas”, criticou.
Depois da polêmica, a pasta aceitou o pedido das secretarias e voltou atrás nas alterações no sistema.