Queda de avião em duas casas retoma discussão sobre aeroporto em Belo Horizonte

Desativação do local é promessa do governo federal desde 2020; fim de pousos e decolagens está previsto para 1º de abril

Victor Duarte

Avião ficou preso entre duas casas
Reprodução/CBMMG

A queda do monomotor sobre duas casas em Belo Horizonte no último sábado (11) traz à tona a discussão da desativação do Aeroporto Carlos Prates, promessa do governo federal desde 2020. Dois dias após o acidente, o avião começou a ser retirado pelas autoridades. 

A discussão reacendeu o alerta de possíveis acidentes como este e o pedido da população do entorno. O encerramento das atividades do aeroporto foi adiado diversas vezes desde 2020, mas o fim dos pousos e decolagens está marcado para 1º de abril. Após o acidente, o prefeito Fuad Noman anunciou que deve pedir ao governo federal que o terminal seja entregue ao Executivo Municipal. 

O aeroporto é usado atualmente para treinamento das forças de segurança do estado e para a prática de pilotos em formação, com o funcionamento de cinco escolas no local. "90% dos pilotos formados no Aeroporto Carlos Prates...bombeiros do estado de minas gerais estão sendo formados aqui", afirma Estevan Velasquez, presidente da Associação Voa Prates. 

O presidente pontua que a transferência das operações para o Aeroporto da Pampulha seria inviável. "Nós vamos perder aqui o segundo polo formador de pilotos do Brasil, é preciso absorver o que acontece aqui", pontua. 

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