A queda do monomotor sobre duas casas em Belo Horizonte no último sábado (11) traz à tona a discussão da desativação do Aeroporto Carlos Prates, promessa do governo federal desde 2020. Dois dias após o acidente, o avião começou a ser retirado pelas autoridades.
A discussão reacendeu o alerta de possíveis acidentes como este e o pedido da população do entorno. O encerramento das atividades do aeroporto foi adiado diversas vezes desde 2020, mas o fim dos pousos e decolagens está marcado para 1º de abril. Após o acidente, o prefeito Fuad Noman anunciou que deve pedir ao governo federal que o terminal seja entregue ao Executivo Municipal.
O aeroporto é usado atualmente para treinamento das forças de segurança do estado e para a prática de pilotos em formação, com o funcionamento de cinco escolas no local. "90% dos pilotos formados no Aeroporto Carlos Prates...bombeiros do estado de minas gerais estão sendo formados aqui", afirma Estevan Velasquez, presidente da Associação Voa Prates.
O presidente pontua que a transferência das operações para o Aeroporto da Pampulha seria inviável. "Nós vamos perder aqui o segundo polo formador de pilotos do Brasil, é preciso absorver o que acontece aqui", pontua.