O empresário Filipe Piumbini viu R$ 233 mil desaparecer da conta bancária, horas depois de ter o celular roubado no centro de São Paulo.
“O indivíduo me abordou, segurou o celular que estava na minha mão. Eu segurei o celular e ele colocou a mão na cintura, apontando como se estivesse armado. Eu soltei e ele saiu correndo”, lembra.
Piumbini diz ainda que o assaltante “fez transferências de valores altíssimos, do meu banco Itaú para o (banco) Inter”.
Só em 2021, os criminosos movimentaram pelo menos R$ 4 milhões pelo PIX em assaltos e sequestros-relâmpago no estado de São Paulo.
Na maioria dos casos, as vítimas são obrigadas a desbloquear o celular para que os ladrões tenham acesso aos aplicativos bancários.
Se antes os celulares eram produto de receptação e venda no mercado clandestino, hoje os aparelhos roubados são usados pelo crime para transferências de dinheiro.
Segundo dados da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo), nos sete primeiros meses do ano, 86.912 telefones celulares foram roubados no estado – uma média de 17 por hora.
A medida que o Banco Central adotou para tornar o PIX mais seguro foi limitar em R$ 1 mil as transferências entre pessoas físicas no período noturno. A novidade ainda não entrou em vigor porque falta adaptação dos bancos ao sistema.