Putin sai enfraquecido após rebelião de mercenários na Rússia

No sábado, Putin disse que a rebelião do grupo Wagner foi uma facada nas costas do povo e prometeu punições severas

Por Sonia Blota

Na primeira aparição pública depois do motim, Vladimir Putin não comentou sobre a ofensiva. Mas em um novo discurso transmitido pela TV estatal russa na noite desta segunda-feira (26), ele disse que nenhuma chantagem terá resultados e que o Grupo Wagner seria derrotado de qualquer forma.

A revolta começou no sábado e levou os mercenários do grupo Wagner a apenas 200 quilômetros da capital russa. Putin decretou regime antiterrorista na cidade. O governo de Belarus -aliado dos russos- foi peça chave na negociação de um acordo. O líder dos mercenários, Yevgeny Prigozhin deixou a região sob aplausos.

O ocidente logo deixou claro que o movimento dos mercenários demonstrou rachaduras na política russa. O presidente americano Joe Biden fez questão de dizer que os Estados Unidos não tiveram nenhum envolvimento nessa crise, que faz parte de uma luta interna da Rússia.

No sábado, Putin disse que a rebelião do grupo Wagner foi uma facada nas costas do povo e prometeu punições severas. 

Vladmir Putin está há mais de duas décadas no comando da Rússia. 

Para especialistas, a crise atual enfraqueceu Putin e levantou dúvidas sobre o que o presidente russo, que detém o maior arsenal nuclear do mundo, poderia fazer ao ser acuado. Militares europeus não descartam um cenário de guerra civil na Rússia. Além do Grupo Wagner, cerca de 300 milícias atuam no país.

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