O presidente Vladimir Putin disse que a Rússia vai investigar a morte de Yevgeny Prigozhin, o líder de um grupo de mercenários que virou inimigo do governo russo. 

Quando a morte de Prigozhin foi confirmada, Putin voltou às pressas para o Kremlin, mas se manteve em silêncio. Nesta quinta-feira (24), ele se pronunciou e disse que o líder do Grupo Wagner foi um talentoso empresário, mas que cometeu sérios erros.

Essa é daquelas histórias cheias de questionamentos e teorias. Por isso é importante separar as confirmações das hipóteses.

O que se sabe até agora:

• -O avião saiu de Moscou em direção a São Petersburgo e caiu a cerca de 300km ao norte da capital
• -Vídeos gravados por moradores mostram que não havia nenhuma tempestade no momento da queda.
• -O modelo era um Legacy 600, produzido pela brasileira Embraer e com reputação de ser super seguro. Estava voando normalmente até oscilar e começar uma queda livre.
• -Uma testemunha afirma que escutou duas explosões antes do avião cair completamente sem controle;
• -Somente órgãos russos têm acesso ao local da queda e estão investigando o caso. E, por lá, eles costumam trabalhar para atender os interesses do Kremlin.

As principais dúvidas são: qual foi o motivo da queda do avião? Uma das hipóteses é que o próprio sistema de defesa antiaérea da Rússia abateu a aeronave. 

A única certeza é que Yevgeny Prigozhin era uma pessoa odiada por muitos. O motim que ele liderou em junho gerou uma grande crise política para Putin. A rebelião só acabou após uma intermediação do líder de Belarus, Alexander Lukashenko.

Apesar dessa afronta a Putin, Yevgeny Prigozhin não foi preso e circulava livremente por aí. Foi visto em São Petersburgo mês passado e, nesta semana, postou um vídeo em que dizia estar no continente africano. 

Nesta quinta, as capas dos principais jornais do mundo não tinham outra manchete: a morte linkada com uma possível vingança de Putin. Os soldados mercenários do grupo Wagner prometem revanche.