As queixas contra Wilma Petrillo se tornaram públicas no dia do velório de Gal Costa, em novembro do ano passado. Na última semana, outras denúncias vieram à tona, de produtores e amigos que acusam a viúva da cantora de golpes e de afastar a artista do convívio com conhecidos.
O produtor cultural Paulo Lima, que trabalhou e morou com com Gal nos anos 1970, escreveu que, nos últimos anos, "um ser do mal conseguiu apropriar-se de sua alegria, de todos os bens materiais". Em entrevista para a Band, ele conta que Gal se fechou para os amigos.
“Ultimamente era uma pessoa fechada uma pessoa que não procurava ninguém, as pessoas procuravam e não conseguiam falar com ela”, conta Paulo Lima.
Segundo o psicanalista Mauro Corrêa, as denúncias que vieram à tona após a matéria da revista Piauí mostram que Gal Costa vivia um relacionamento abusivo. “Se explica de uma forma mais objetiva mais inconsciente de uma violência que se da no contexto silencioso às cegas, deixando inacessível para outras pessoas da família, amigos”, afirma.
Quando soube da morte, o irmão de Gal, Guto Burgos, afirmou que a cantora comprara um jazigo para ser enterrada ao lado da mãe, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. O corpo, no entanto, foi enterrado em São Paulo, no túmulo da família de Wilma Petrillo.
O coveiro do cemitério em que Gal está enterrada contou que Wilma Petrillo ligou pedindo para tirar homenagens deixadas por fãs no túmulo da cantora, mas que a equipe do cemitério guardou o que foi deixado.
Um amigo de Gal registrou um B.O. contra Wilma por agressão. Ela também é alvo de ação trabalhista por assédio moral. Procuramos a defesa da viúva de Gal, mas o advogado disse que ela não vai se pronunciar.