PSD quer candidato próprio à presidência em 2022, e deixa Alckmin perto de Lula

Ex-governador de São Paulo é cotado no PSB para formar chapa com ex-presidente

Caiã Messina, do Jornal da Band

O comando do PSD afirmou nesta terça-feira (21) que não vai indicar ninguém a vice em chapa na disputa à presidência da República em 2022, tendo candidatura própria. Isso aproxima Geraldo Alckmin (sem partido) de outra sigla, o PSB, em uma possível aliança com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Alckmin recebeu com tranquilidade o recado de que, caso se filie ao PSD, estará fora da corrida ao Palácio do Planalto. O presidente do partido, Gilberto Kassab, já deixou claro que o candidato será Rodrigo Pacheco.

Políticos próximos a Alckmin afirmam que a decisão empurra o ex-governador paulista cada vez mais para o PSB, e para a chapa de Lula. O PSD de Kassab era visto pelo grupo como um improvável plano B.

O maior empecilho da aliança são disputas estaduais, especialmente em São Paulo, que tem pré-candidatos dos dois partidos.

Lula fez nesta terça-feira uma comparação com o presidente Jair Bolsonaro (PL): compartilhou pela internet uma pesquisa em que o poder de compra da população durante o governo petista era maior.

Bolsonaro na praia, Moro em entrevista

Com Bolsonaro de férias no Guarujá (SP), ministros estão a postos, de olho na corrida eleitoral.

O chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, comparou a possível aliança entre Lula e Alckmin, ao cruzamento de um porco-espinho com uma capivara – ou seja, impossível de prever o resultado.

Enquanto isso, no canal de notícias da internet MyNews, espaço generoso para Sergio Moro (Podemos). O ex-juiz defendeu a chamada “terceira via”.

“Tenho conversado com vários outros desses possíveis candidatos alternativos. A gente tem que manter boas relações. A gente tem que ter para a gente que a gente tem que se unir em algum momento”, afirmou.

Ciro Gomes (PDT), por sua vez, falou de economia. “Os graves problemas econômicos e sociais que a gente vive hoje são causados por um mesmo modelo econômico, que começou lá no governo de Fernando Henrique Cardoso, passou por Lula, por Dilma, e chegou ao ápice no famigerado governo de Bolsonaro. É preciso alguém que mude esse modelo”, discursou.

João Dória (PSDB) mais uma vez marcou posição contrária a Bolsonaro na área da saúde: manteve a obrigatoriedade do uso de máscaras contra a pandemia da Covid-19 no estado de São Paulo até o fim do janeiro por causa da variante Ômicron do novo coronavírus. O governador segue tentando a união da terceira via.

Em entrevista ao Poder360, o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (sem partido), afirmou que há espaço e tempo de sobra para juntar forças em torno de um nome, que deve ser anunciado em abril.

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