Desde o ano passado, cabe ao INSS a responsabilidade de realizar a prova de vida de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios. Tudo é feito de forma automática.
A previdência social cruza os dados dos inscritos com outros órgãos federais. Mesmo assim, denúncias de fraudes continuam, com criminosos se passando por servidores do órgão.
A conversa é a mesma. Os falsos funcionários chegam na casa dos beneficiários, dizem que precisam realizar a prova de vida de forma presencial e saem pedindo vários documentos. Só que, na verdade, os bandidos estão atrás de dados pessoais das vítimas para cometerem fraudes.
“Eles pegam essas informações e realizam empréstimos em nome das pessoas, tanto empréstimos pessoais, com juros muito altos, quanto empréstimos consignados, que são aqueles com juros mais baixos, descontando direto do benefício”, declarou a coordenadora do departamento jurídico do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, Tonia Andrea Inocentini Galleti.
No fim de abril, dois estelionatários foram presos em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, aplicando o golpe. Eles usavam crachás falsos do INSS e tinham uma lista com nomes das possíveis vítimas.
O INSS ressalta que, mesmo que o beneficiário não seja encontrado nos bancos de dados, nenhum pagamento será cortado até o fim do ano. E reforça o alerta: não há visitas de funcionários nas casas. Se aparecer alguém, é golpe.