Itália planeja 'greve do macarrão' em protesto à alta de preços na Europa

Aumento nos preços dos alimentos superou a inflação, que hoje está na casa dos 12%

Sonia Blota

O alimento que é símbolo da culinária italiana em todo o mundo está no centro de um boicote. O país planeja nos próximos dias pôr em prática a chamada 'greve do macarrão', uma paralisação no consumo de massas durante uma semana, a partir do dia 22 de junho.

A proposta da associação de defesa do consumidor de boicote ao item mais popular da mesa dos italianos se deve à alta de preços, principalmente de produtos derivados do trigo, impulsionada pelos custos de energia e mão-de-obra, impactadas pela guerra na Ucrânia.  

A 'greve' é um protesto contra o governo italiano, que decidiu não intervir no aumento dos preços de alimentos acima da inflação, que hoje está na casa dos 12% no país.  

Pressionados pela alta, alguns governos na Europa decidiram limitar os preços de produtos básicos. Na França, o presidente Emmanuel Macron pressionou supermercados para diminuir os custos dos alimentos e quer redução de 10% nos valores nas gôndolas. Produtores e indústrias que não cumprirem a determinação sofrerão sanções financeiras.

A inflação dos alimentos na França atingiu um recorde de 16% em março - atualmente está na casa dos 14%. O acordo para diminuição dos preços envolve 75 grandes empresas, responsáveis por 80% da comida que vai parar nos pratos dos franceses.

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