Atender pessoas com deficiência é um desafio para muitos profissionais que lidam com o público. Mas um projeto mostra que se colocar no lugar do outro é o primeiro passo para acertar.

Às vezes, quando a cabeleireira Cleusa Rodrigues – que é cadeirante – vai ser ajudada, muita gente não sabe como agir e acaba errando.

“Entrei em um restaurante para almoçar e fui me servir. Coloquei o prato na bancada, o garçom nem perguntou se eu queria ajuda. Ele já foi pegando o prato e colocando”, conta ela.

Pensando em situação assim, o Instituto Lucy Montoro, do governo do estado de São Paulo, começou um projeto de treinamento de profissionais que trabalham diretamente com o atendimento do público.

Em uma etapa do projeto, os alunos vivem o dia a dia de uma pessoa com deficiência, são até vendados para poder entender como quem não enxerga realiza algumas atividades. A ideia é aprender na pratica.

“Você se sente no lugar da pessoa totalmente vulnerável”, conta a atendente Maiara Marçal Moreira, que experimentou uma cadeira de rodada pela primeira vez.

“Acho que muitas pessoas deveriam passar por isso para aprender, para saber como lidar”, conta Letícia Oliveira, também atendente no local, que aprendeu a conduzir a cadeira de rodas da colega.

Para o médico fisiatra Rodrigo Luiz Yamamoto, “é muito importante essa vivência para a pessoa perceber como poder ajudar melhor a pessoa com deficiência”.