Projeto da 'taxa das blusinhas' vira queda de braço entre Senado e Câmara

Acordo com os deputados garantiu aprovação, mas o relator da proposta no Senado tirou a taxação do texto principal e, agora, o governo deve fazer nova articulação

Por Túlio Amâncio

O projeto que prevê taxar compras internacionais pela internet está provocando uma queda de braço entre o Senado e a Câmara. A reação negativa de quem compra em sites internacionais surtiu efeito entre os senadores e causou surpresa no governo federal. 

Rodrigo Cunha (Podemos), relator da proposta que cobra o imposto para compras internacionais de até US$ 50, decidiu tirar a ‘taxa das blusinhas’ do texto principal, que estimula o setor automobilístico. “Por ser uma artimanha legislativa, porque a realidade é um projeto de estímulo e incentivo à nova modernização de veículos no país, que não tem nada a ver com a taxação das comprinhas”, pontuou o senador. 

Na Câmara, um acordo com o governo garantiu a aprovação da taxação com uma alíquota de 20%, assim, o presidente da República garantiu não vetar a medida. O governo não esperava a tomada de atitude do Senado. Por isso, a tarde desta terça-feira (4) foi de negociação. 

A base até tentou fazer Rodrigo Cunha recuar, mas não adiantou. O presidente do Senado citou que o tema agora vai a debate. “Muitos senadores e senadoras desejam e acham justa a taxação dessas compras, diferentemente do que entendeu o relator, senador Rodrigo Cunha”, indicou. 

Para Arthur Lira (Progressistas), presidente da Câmara, a articulação do governo deve dar um jeito de voltar com a taxação, senão, até o texto que moderniza a indústria automotiva pode estar em risco. “Não sei é como os deputados vão encarar uma votação feita por acordo, se ela retornar, eu acho que o mover tem sérios riscos de cair junto”, citou. 

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