Proibição da Feira de Acari ocorre em meio a suspeitas de mercadorias roubadas

Relatório da prefeitura encaminhado à polícia indica que bandidos cobram até R$ 6 mil para feirantes trabalharem e que parte das mercadorias são roubadas na Feira de Acari

Da redação

A tradicional Feira de Acari, tema até de letra de música, foi proibida de operar pela prefeitura do Rio de Janeiro, sob a suspeita de que o crime organizado atue no local. Além disso, um relatório indica que parte das mercadorias são fruto do roubo de cargas.

Um relatório feito pela prefeitura e encaminhado à polícia revela que bandidos chegam a cobrar R$ 6 mil para que os feirantes possam trabalhar no local.

Localizada na Zona Norte do Rio, a feira vende de tudo e com preços tão baixos, que chegam a ser duvidosos. Mesmo reconhecida como patrimônio cultural imaterial, nunca teve autorização para funcionar.

A Feira de Acari já foi conhecida como "Robauto", devido à venda de peças para carro de origem, no mínimo, duvidosa. Agora, a suspeita é que o crime organizado controla a feira.

Nesta quinta-feira (25), feirantes protestaram contra a decisão do prefeito Eduardo Paes (PSD) sobre a proibição do estabelecimento. 

“Nem todos eles estão ligados a atividades ilegais. O ideal é que fizesse, de fato, a fiscalização e não que punisse todos que ali trabalham e tiram seu sustento”, avaliou o professor Paulo Cruz Terra, da Universidade Federal Fluminense (UFF).

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (Republicanos), disse que as forças estaduais de segurança apoiarão a operação contra o que chamou de “feira do crime organizado a céu aberto”.

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