A inteligência artificial tem sido cada vez mais usada em trabalhos acadêmicos e pesquisas. Para quem usa, fica o alerta: existem ferramentas que identificam quando um texto foi criado com essa tecnologia.
“O professor, está na sala de aula, passa trabalhos para os alunos e os alunos todos eles usam IA. Aqueles que falam que não usam também usam. Então eles preparam o texto utilizando um chatGPT ou qualquer outra Inteligência artificial e o professor ele fica à mercê, de acreditar naquilo”, disse André Pimentel, professor da PUC-Rio, ao Jornal da Band.
O uso em massa da inteligência artificial tem gerado polêmica também entre pesquisadores. Uma universidade britânica analisou milhões de artigos publicados em revistas científicas e descobriu que, pelo menos, um em cada 100 foi escrito usando IA.
Em contrapartida, já existem programas para detectar o uso da ferramenta em textos, como o professor André, citado no início desta matéria, criou.
A ferramenta foi treinada com centenas de textos feitos por humanos e por inteligência artificial. Por isso, ela sabe quais são as características comuns em textos criados por máquinas e consegue apontar se o estudante ou pesquisador realmente escreveu o trabalho.
O programa é constantemente atualizado para acompanhar os avanços das inteligências artificiais. Agora, os professores vão ter que aprender a conviver com elas.
“Eu gosto de dar o exemplo da calculadora. Quando surgiu a calculadora, todo professor dizia que os alunos não poderiam usá-la. Hoje em dia, a gente utiliza. Então, a inteligência é a mesma coisa. O professor que chega e fala "não, não pode” ele vai acabar ficando para trás, um professor obsoleto”, explicou André.