O Egito prorrogou por mais 15 dias a prisão do médico brasileiro Victor Sorrentino, acusado de assédio sexual contra uma vendedora. As informações são do Jornal da Band.
A decisão de manter o médico brasileiro preso foi tomada em uma audiência nesta quarta-feira (2). As autoridades diplomáticas brasileiras seguem acompanhando o caso.
A família de Sorrentino contratou advogados egípcios para fazer a defesa do brasileiro. Ele está detido desde domingo (30) em uma delegacia no Cairo, capital do país africano.
A brasileira Patrícia Oliveira, que mora há três anos no Egito e foi uma das pessoas que ajudaram a traduzir a fala do médico para o árabe, avalia que a cultura egípcia pesou na manutenção da prisão do médico.
“Eles se importam muito com a moral, mais do que com qualquer outra coisa. Eles se importam com o que o outro vai dizer; isso pesa muito na vida deles e é uma vergonha muito grande para essa menina que teve o rosto dela divulgado para o mundo inteiro numa questão assim”, disse Patrícia, editora do site Vida no Egito.
Se for condenado no Egito, a pena pode chegar a três anos de prisão. Especialistas que a melhor saída para Victor Sorrentino seria encontrar uma alternativa para voltar ao Brasil.
“Ele pode, na sua defesa, tentar uma comutação à pena, que é provavelmente, talvez pagar uma multa maior - isso se o direito egípcio permitir – e, ato contínuo, ser imediatamente deportado para o Brasil. Ou uma situação mais grave ainda, que é a expulsão”, avaliou Claudio Preza Júnior, professor de Direito Internacional.