Presidente do STF minimiza postura fora do rito de Moraes: 'Irrelevante'

Barroso comentou reportagens que citam que ministro teria pedido informalmente a assessores relatórios contra aliados de Bolsonaro

Por Caiã Messina

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, minimizou as reportagens da Folha de S. Paulo que indicam postura fora do rito de Alexandre de Moraes na época que chefiava o Tribunal Superior Eleitoral. As matérias apontam que o TSE foi demandado de forma não oficial pelo gabinete do ministro do STF, pedindo informalmente a assessores relatórios contra aliados de Bolsonaro. 

Para Barroso, o fato é irrelevante. "Tentaram transformar em fato relevante uma coisa totalmente irrelevante", disse. Diferente do magistrado, o ex-ministro Marco Aurélio Mello disse que Alexandre de Moraes não poderia ter ignorado os ritos processuais para pedir informações sobre os suspeitos. 

"Quando ele revelou que seria esquizofrenia, ele próprio pedir informações a ele. Não, o Supremo pediria informações ao Tribunal Superior Eleitoral, pouco importando que personificado ano eleitoral por este ou aquele integrante do Supremo", indica. 

Já o jurista Ives Gandra Martins discorda. “A conversa que se pode ter entre assessores quando temos o mesmo presidente do TSE e do ministro do STF, em si, as conversas não teriam problema, porque quando um procurador e um juiz falam no interior, isso é normal nas comarcas das pequenas cidades, nem por isso essas conversas podem inviabilizar qualquer decisão”, disse. 

Enquanto isso, parlamentares de oposição e apoiadores de Bolsonaro pressionam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a aceitar os pedidos de impeachment contra Moraes. Mas, para governistas, o impeachment não tem chance de passar. 
 

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