A crise política na Coreia do Sul ganhou um novo capítulo neste sábado (7). O presidente do país Yoon Suk Yeol escapou do impeachment graças a parlamentares aliados.
Centenas de milhares de pessoas lotaram as ruas de Seul, capital sul-coreana, para pressionar o parlamento a votar o pedido de impeachment, protocolado por opositores do presidente.
A crise começou na última terça-feira, quando Yeol decretou lei marcial, para, segundo ele, salvar o país de forças comunistas da Coreia do Norte.
Políticos de oposição, que são maioria no Parlamento, derrubaram o decreto classificado como tentativa de golpe e o presidente recuou. Mesmo assim, o pedido para destituir Yeol avançou rapidamente.
Para derrubá-lo do poder, a oposição - que tem 192 cadeiras no plenário - precisava do apoio de oito aliados do presidente. Mas, na sessão deste sábado, os governistas fizeram um amplo boicote à votação. Sem quórum suficiente, o pedido foi arquivado e Yeol ficará no cargo.
Em um discurso relâmpago, Yoon Suk Yeol, que tem baixa popularidade, pediu desculpas à população da Coreia do Sul, mas disse que não vai renunciar ao mandato. Opositores prometeram apresentar uma nova moção contra o presidente nas próximas semanas.