Pré-candidatos à presidência da República em 2022 criticaram nesta sexta-feira (24) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que falou não haver urgência para a vacinação de crianças contra a Covid-19 por causa do alegado baixo número de mortes.
Na quinta-feira (23), Queiroga afirmou que, na faixa etária de 5 a 11 anos, se identificam menos mortes por Covid-19.
João Doria (PSDB) foi um dos primeiros a reagir à fala de Queiroga. “Não há patamar aceitável de óbitos para crianças, Marcelo Queiroga! Isso é crime. Vacinas salvam crianças e adultos. Salvam até os loucos negacionistas”, escreveu o tucano no Twitter.
Em resposta, o ministro publicou que “os paulistas não merecem um governo tão medíocre”.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também criticou a posição de Marcelo Queiroga. “Às vésperas do Natal, o ministro da Saúde faz uma declaração absurda que parece de Herodes, enquanto cria obstáculos para a vacinação de crianças. O presidente da Anvisa tem razão ao querer proteger a instituição, a ciência e as crianças na pandemia, respeitando o bom senso”, escreveu o petista nas redes sociais.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para destacar dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de novembro e ao longo de seu governo, com uma crítica a adversários. “Ainda vivemos as consequências do ‘fica em casa que a economia a gente vê depois’“, escreveu.
Sergio Moro (Podemos) classificou a postura do governo como desumana e inaceitável.
Já Rodrigo Pacheco (PSD) ressaltou ações do Congresso para que a população tivesse acesso à vacinação. “Lutamos no Congresso Nacional para que todos os brasileiros tivessem acesso à vacina e fossem imunizados. E parte significativa da população brasileira já se vacinou. Com as crianças não deve ser diferente. Não podemos comprometer o futuro do Brasil”, registrou.