De um lado, a enchente não dá trégua. De outro, vassoura e muita disposição para limpar o que restou. É assim que está Porto Alegre, em contraste, enquanto o Lago Guaíba recua pelo terceiro dia consecutivo.
No prédio “Pão dos Pobres”, uma construção centenária de Porto Alegre, 1,8 mil crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade são atendidas. Algumas moravam no imóvel. Lá, a água começou a baixar, e o cenário dentro e desolador.
A Fundação Pão dos Pobres foi criada no fim do século XIX. Na enchente de 1941, o prédio também foi atingido. Nesta tragédia, porém, a enchente foi ainda mais devastadora. Todos precisaram sair às pressas. As crianças foram levadas para um abrigo emergencial.
No bairro Cidade Baixa, moradores e comerciantes também contabilizam os prejuízos e fazem a limpeza, apesar de que, na região, ruas continuam submersas.
No Centro de Porto Alegre, o Guaíba não dá trégua. Muitas ruas parecem rios e seguem navegáveis. Na Avenida Mauá, a água chega a 2 metros de altura. O Mercado Público segue totalmente alagado.
Para tentar acelerar a drenagem nessa região, a prefeitura fez uma manobra. Decidiu abrir uma das comportas que ajudava a impedir o avanço das águas do Guaíba.