Poluição no ar, que causa problemas de saúde para as pessoas; poluição no solo, que ameaça contaminar a água que abastece a população. Há anos, moradores de Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, convivem com esse problema causado pela Companhia Siderúrgica Nacional.
Outra consequência da atividade da siderúrgica, também grave para o meio ambiente, são as enormes montanhas de escória. São toneladas de resíduo da produção do aço que se acumulam a poucos metros da bacia do Rio Paraíba do Sul.
Em 2018, uma decisão liminar da Justiça Federal proibiu a CSN de continuar aumentando a quantidade de escória depositada no pátio. E determinou que o INEA - o Instituto Estadual do Ambiente - acompanhe mais de perto a situação.
De acordo com o Ministério Público, as licenças de operação da companhia estão vencidas desde 2008. Para CSN continuar operando, a empresa teve que assinar alguns TACS, Termos de Ajustamento de Conduta. No mais recente, de seis anos atrás, a siderúrgica se comprometeu a investir R$ 300 milhões para reduzir a emissão de poluentes.
Só que o prazo de vigência do TAC termina em setembro deste ano. O Ministério Público Federal já disse que ele não vai ser prorrogado.
O MP e a CSN negociam um novo acordo, com termos mais rigorosos. O novo TAC deve prever, entre outras exigências, a limitação das montanhas de escória à altura de oito metros. Além da retirada do material das margens do paraíba do sul.
Por meio de nota, a CSN disse que investiu R$ 1,3 bilhão, mais de quatro vezes o valor previsto no TAC, para reduzir a quantidade de partículas emitidas no ar. a siderúrgica também diz que, nos últimos quatro anos, reduziu em 750 mil toneladas a quantidade de escória armazenada.