Polícias Militares de elite de Mato Grosso foram presos e estão sendo investigados pela suspeita de montar um grupo de extermínio no estado.
As ações do grupo com 64 policiais teriam acontecido em confrontos forjados entre 2017 e 2020.
Um informante da polícia confessou fazer parte do grupo e afirmou que era responsável por atrair pessoas com antecedentes criminais para supostos grandes roubos. Mas na verdade, os suspeitos eram levados para emboscadas armadas por PMs de batalhões de elite do Mato Grosso.
O delator disse que recebeu em troca dos policiais dinheiro e até celular dos bandidos.
De acordo com a investigação, as execuções teriam começado depois de um roubo na casa de um parente de um coronel. O objetivo dos falsos confrontos era promover os PMs e seus batalhões. O delator disse que comandantes das unidades policiais sabiam de tudo.
Um laudo da perícia mostra que um dos mortos pelo suposto grupo tinha lesões de defesa e um tiro disparado com a arma encostada na cabeça. Nessa semana, a Justiça mandou soltar os policiais que vão responder as acusações em liberdades. Um novo comandante assumiu a tropa no estado formada por sete mil PMs.