Polícia trata caso da família que comeu bolo no RS como homicídio culposo

Exames preliminares de laboratório chegaram a apontar a presença de arsênio no sangue de uma das mulheres mortas e de duas pessoas que seguem internadas

Da redação

Os laudos da perícia oficial serão decisivos para concluir o que causou a morte das três pessoas que comeram o bolo no dia 23 de dezembro em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A expectativa é que os exames fiquem prontos no início de janeiro, mas não há uma data exata.

“Estamos apurando todas as circunstâncias, a forma como esse veneno foi colocado, em qual alimento. Nós temos que olhar isso, quando foi que houve esse envenenamento. Nós temos a certeza de que nós chegaremos a um bom termo”, disse o delegado Cleber Lima.

Exames preliminares de laboratório chegaram a apontar a presença de arsênio no sangue de uma das mulheres mortas e de duas pessoas que seguem internadas. A análise final deve mostrar se a substância estava mesmo no bolo, como aponta a investigação.

Considerado um dos venenos mais letais, o arsênio pode provocar intoxicação alimentar, câncer, lesões na pele e danos em vários órgãos. Em 2013, a substância foi retirada de inseticidas de uso doméstico e não pode ser vendida ao consumidor.

Entre os mortos, estão as irmãs Maida Berenice da Silva, de 58 anos, Neuza Denize dos Anjos, de 65, e a filha dela, Tatiana dos Anjos, de 43. A irmã delas, Zeli Teresinha dos Anjos, de 61, foi quem preparou o bolo. Ela e o sobrinho de 10 anos seguem internados na UTI.

A Polícia Civil informou que ouviu mais seis pessoas próximas às vítimas. No total, 15 já prestaram depoimento. O delegado responsável pelo caso diz que a principal hipótese é de homicídio culposo, quando não há intenção e matar.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.