Os sinais de violência no sítio chamaram a atenção da perícia, em Nova Mutum, no Mato Grosso. O quarto de Raquel Cattani estava revirado, com roupas e objetos espalhados. Uma moto e um celular foram roubados.
O pouco que a investigação avançou até agora indica que o assassino pode ter simulado uma luta para disfarçar o motivo do crime. Exames ainda iniciais apontam que ela recebeu mais de trinta facadas, algumas no braço, um sinal de tentativa de defesa.
A filha do deputado estadual Gilberto Cattani, Raquel foi encontrada morta na última sexta-feira de manhã pela mãe. O deputado e a esposa prestaram depoimento, assim como outros parentes e pessoas próximas.
O casal mora a 2 quilômetros do sítio onde Raquel vivia com os dois filhos - numa área rural sem vizinhos por perto. No dia do crime, as crianças estavam com o pai. Raquel tinha se separado do marido, que também foi ouvido pela polícia e não é considerado suspeito.
O crime provocou comoção na cidade. E muitos boatos se espalharam. Num post nas redes sociais, o pai, Gilberto Cattani pediu respeito.
A investigação ainda aguarda o laudo de exames feitos a partir de impressões digitais e material genéticos encontrados na cena do crime.
Raquel Cattani era empresária e trabalhava no ramo de queijos artesanais. Ela foi enterrada no último fim de semana, na cidade vizinha de Lucas do Rio Verde.