A Polícia Federal e a Força Aérea Brasileira investigam o sumiço de Pedro Rodrigues Parente Neto, piloto contratado no Brasil para levar um avião para a Venezuela. Ele havia sido contratado por Daniel Seabra, empresário do ramo de mineração, para buscá-lo no país e voltar ao Brasil.
Segundo o documento assinado por Pedro e Daniel, o piloto deixou Goiânia em 15 de agosto e entregou o avião para o empresário dia 17. Pedro, o piloto, falou com familiares pela última vez em 1º de setembro. De acordo com Daniel Seabra, o piloto teria, no mesmo dia, decolado acompanhado de outra pessoa sem autorização.
A família de Pedro não acredita na versão. Reynaldo Parente, irmão de Pedro, desconfia de Daniel. "Ele não acionou a polícia depois do desaparecimento, não é possível que um avião tenha sumido, sem ninguém ver", diz.
A FAB aponta que o último plano de voo de Pedro foi registrado no dia 17 de agosto e previa saída de Boa Vista, em Roraima, até uma fazenda em Amajari, perto da fronteira com a Venezuela. No entanto, o sinal do monomotor foi perdido.
Em conversa com Daniel Seabra, em 6 de agosto, Pedro disse que iria pousar em Rio Branco, no Acre, para abastecer. Ele iria passar um 'plano de qualquer fazenda no rumo da missão' e desligar o transpônder, equipamento que rastreia as aeronaves.
Reynaldo, irmão de Pedro, admite que ele pode ter se envolvido em um esquema ilegal. "Estamos agoniados, certeza que ele fez algo irregular. O melhor é ele aparecer e responder por isso que todo mundo ficar sem informações", afirma.
Piloto desapareceu na Venezuela
Reprodução/band