No Distrito Federal duas famílias vivem um drama: eles tiveram as filhas trocadas na maternidade há 7 anos.
O pesadelo de Geruza Ferreira começou quando ela pediu à Justiça a revisão da pensão paga pelo ex-marido à filha de 7 anos. O companheiro fez teste de DNA da criança e descobriu que não era o pai.
Desesperada e sem entender o resultado, Geruza também fez o exame e veio a surpresa: ela não era mãe biológica da menina. A história foi parar na Polícia Civil, que começou a investigar a possível troca de bebês na maternidade do hospital de Planaltina, a cerca de 40 quilômetros do centro de Brasília.
O caso ganhou repercussão, e uma outra família procurou a polícia alegando que a filha poderia ter sido trocada. As crianças nasceram com uma diferença de cinco minutos, na mesma maternidade.
Durante as investigações, a Polícia Civil ouviu testemunhas e fez novos exames de DNA, confirmando que realmente a troca ocorreu.
O advogado Caio Victor conta como foi o primeiro encontro das duas famílias, que teve a participação de psicólogos e do Conselho Tutelar.
“Muito abalo emocional para as duas mães, que se abraçaram e choraram bastante. Todavia, as duas mães, neste momento, buscam se unir para o melhor interesse das menores”, disse.
“A Polícia Civil vai para uma segunda etapa dessa investigação, que é identificar os responsáveis por essa troca de bebês ocorrida no dia 14 de maio de 2014 para apurar eventual ilícito penal e atribuir a essa pessoa”, garantiu o delegado do caso, Diogo Cavalcante.
Se for comprovado que o fato ocorreu sem intenção, o responsável só será punido administrativamente. Mas se a polícia concluir que houve negligência ou dolo, o profissional de saúde será indiciado e a pena pode chegar a dois anos de prisão.