Policiais descobriram um esquema de desmanche de celulares na cracolândia, em São Paulo. A região tem se tornado ponto estratégico, com lojas que funcionam como oficinas para desmontar aparelhos e revender as peças pelas plataformas virtuais.
A investigação aponta que os receptadores pagam de R$ 200 a R$ 500 por cada aparelho. Além do crime de receptação, os comerciantes identificados devem responder por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Uma das lojas investigadas vendia on-line peças originais de aparelhos caros e modernos. Em seis meses, uma das lojas da Santa Ifigênia vendeu quase R$ 300 mil pela internet. A promotoria aponta que criminosos conseguem montar celulares inteiros por uma fração do valor original, usando peças roubadas.
A falta de mecanismos de rastreamento das peças estimula o mercado criminoso, como aponta o auditor da Receita Federal Alan Towersry. "O mercado clandestino tem até meios tecnológicos de procurar se evadir o máximo possível dos controles. Infelizmente as peças individuais não têm acompanhamento, um rastreamento que pode ser feito", pontua.