O poder de fogo dos mercenários do tráfico no Paraguai impressiona. Eles têm metralhadora ponto cinquenta, arma de guerra, capaz de derrubar aviões.
Pedro Juan Caballero, no Paraguai e Ponta Porã no Brasil: uma avenida separa os dois países. Local do assassinato violento do megatraficante Jorge Rafat em 2016.
A fronteira é a principal rota do tráfico de drogas do continente. São toneladas de cocaína e maconha transportadas. Bilhões de dólares além da disputa de clãs e facções. Caso da família mota, que atua na região desde a década de 70.
Hoje o chefe do clã é Antônio Joaquim Mendes da Mota, conhecido como Dom. Foi dele a ideia de contratar um grupo paramilitar para defender o clã e garantir a segurança dos carregamentos de drogas.
São mercenários com experiência em combate, que seguem uma ideologia neonazista.
A operação Magnus Dominus, da procuradoria da república, está na cola do grupo. Essas imagens exclusivas mostram o chefe dos mercenários paramilitares com uma coleção pessoal de artigos originais do regime nazista. O nome dele é Iuri da Silva Gusmão.
Ele é responsável por recrutar paramilitares. Para fazer parte do grupo é preciso ter experiência militar.
A maioria dos recrutados já esteve em guerras e conflitos pelo mundo. Chegaram a treinar com centros especializados em ações de guerra e segurança, como o que formou o grupo que protegia o ditador líbio Muammar Kadaffi - morto em 2011.
Iuri foi preso durante a operação da procuradoria. "Dom", que também era alvo, conseguiu escapar. Atualmente ele está na lista de procurados da Interpol.