A Polícia Federal concluiu a investigação do assalto no aeroporto de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, e indiciou 17 pessoas. A quadrilha, de São Paulo, participou dos maiores assaltos no estilo novo cangaço nos últimos anos no Brasil.
Na ocasião, viaturas clonadas da PF chegam ao local. O objetivo dos bandidos era roubar R$ 30 mil de um carro forte. A quadrilha, que também usava uniformes falsos da polícia, estava fortemente armada. Acreditando que fossem policiais, uma funcionária liberou a entrada dos bandidos.
Durante a ação, o bando trocou tiros com seguranças do blindado e com a brigada militar. Um agente foi baleado e não resistiu. Na fuga, os bandidos levaram R$ 14 milhões.
O grupo chegou ao sul do país 10 dias antes da ação criminosa. O dinheiro tinha chegado de avião e seria levado ao destino pela empresa de transporte de valores.
Por trás do assalto, está uma quadrilha de São Paulo, ligada ao PCC. O grupo teve apoio de criminosos do Rio Grande do Sul. Agora, 70 dias depois, a Polícia Federal esclareceu o crime.
De acordo com a PF, 19 criminosos foram identificados, sendo que dois morreram, um no aeroporto e outro em São Paulo, depois de resistir a prisão. Entre eles, 17 foram indiciados; 13 foram presos e outros quatro têm medidas restritivas.
Os presos vão responder por vários crimes, como latrocínio, explosão e organização criminosa. As condenações podem chegar a quase 100 anos de cadeia. Além disso, 19 contas bancárias e quatro imóveis foram bloqueados.
A quadrilha é acusada de envolvimento nos maiores assaltos do país nos últimos anos, como o de Criciúma, em Santa Catarina, em 2020. O ataque foi contra o Centro de Distribuição de Dinheiro das agências bancárias e R$ 125 milhões foram roubados.
Além desses crimes, a quadrilha atuou na modalidade do ‘novo cangaço’, em Guarapuava, no Paraná, em 2022, e contra uma transportadora de valores no Paraguai, em 2017. Cerca de 11 milhões de dólares foram levados.