Jornal da Band

PF já iniciou a perícia nos 4 celulares de Wassef apreendidos enquanto jantava

Advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef foi alvo de busca pessoal pela PF numa churrascaria após confessar, em entrevista coletiva, que recomprou Rolex

Da redação

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A Polícia Federal (PF) já analisa o conteúdo dos quatro celulares apreendidos com o advogado Frederick Wassef. Na última quarta-feira (16), as autoridades fizeram uma busca pessoal contra o defensor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele jantava numa churrascaria de São Paulo.

Dois celulares estavam nos bolsos do advogado. Os outros dois, no carro. Wassef costumava se gabar ao dizer que tinha um telefone só para conversar com integrantes da família Bolsonaro. Esse aparelho está entre os que foram apreendidos.

Wassef é investigado por envolvimento num esquema de venda de joias presenteadas por governos estrangeiros a Bolsonaro, quando ainda era presidente. Um relógio, da marca Rolex, dado em viagem oficial à Arábia Saudita, em 2019, foi vendido nos Estados Unidos, em 2022.

Wassef se desmentiu

O Tribunal de Contas da União (TCU) exigiu a entrega da joia. O relógio foi recomprado por Wassef em março deste ano. A princípio o advogado negou, mas a PF expôs a existência de um recibo assinado pelo investigado. Depois disso, ele assumiu que fez a transação.

Esses eventos percorridos, derivados de ordem judicial recentes, vão ampliando os indícios. Isso vale para as operações chamadas lesa pátria, vale também para a busca que foi feita ontem sobre esse advogado. Então, vai se montando um quebra-cabeça, que é blindado, posteriormente, perante o Poder Judiciário (Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública)

Cid no centro das investigações

Outro aliado de Bolsonaro está no centro das investigações, o ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, segundo a PF. O militar teria movimentado R$ 8,3 milhões entre janeiro de 2020 e maio de 2023 nas contas bancárias dele.

A PF também destaca que o tenente-coronel do Exército também teria movimentado outros R$ 2,5 milhões como procurador de Bolsonaro entre janeiro de 2020 e dezembro de 2022. 

O novo advogado de Cid, Cezar Bittencourt, que assumiu o caso na última quarta-feira (16), nega que o cliente tenha movimentado todo esse valor. Segundo o defensor, o militar apenas cumpria ordens.

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