PF investigará possível encontro de Torres com Bolsonaro nos EUA

Ex-ministro negou que tenha encontrado o ex-presidente na véspera dos atentados em Brasília

Valteno de Oliveira

Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-Ministro da Justiça
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal investigará um possível encontro do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que foi preso neste sábado (14), com o ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos no dia 7,  um dia antes dos atentados ocorridos em Brasília no último domingo (8).

Anderson Torres chegou a ser questionado durante a audiência de custódia se teria encontrado o ex-presidente nos Estados Unidos, mas negou. 

Entenda

Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, chegou no Brasil na manhã deste sábado (14) e foi preso pela Polícia Federal. O mandado de prisão foi expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. 

Anderson Torres estava nos Estados Unidos quando a prisão foi decretada em 10 de janeiro e confirmada pelo plenário do STF. Ele saiu de Miami na noite de sexta-feira (13), ele usava máscara, boné e escoltado pela polícia local no aeroporto. Por meio das redes sociais, ele já havia informado que iria se apresentar de forma voluntária à Polícia Federal.

Os agentes da Polícia Federal foram ao encontro de Anderson Torres ainda no pátio do aeroporto de Brasília e efetuaram a prisão do ex-ministro de forma preventiva. Em nota divulgada, a PF informou que a investigação está sob sigilo e Torres está à disposição da Justiça.

Segundo informações apuradas pela repórter Gabriela Veras, da Band Brasília, Torres foi encaminhado para o Batalhão da Polícia Militar do Guará, onde passará por audiência de custódia, às 12h30, por videoconferência. 

Torres já era o Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando houve a invasão nas sedes dos poderes (Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto) e destruição de patrimônio, em 8 de janeiro. Ele é acusado de omissão e facilitação. 

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