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PF identifica grupo de grileiros que coloca fogo no Pantanal para criação de gado

Ação dos criminosos em áreas demarcadas da União e outras causou prejuízo de mais de R$ 200 milhões

Por Túlio Amâncio

PF identifica grupo de grileiros que coloca fogo no Pantanal para criação de gado
Reprodução/Band

A Polícia Federal identificou um grupo de grileiros que colocava fogo em áreas de mata do Pantanal para transformar a área em pasto para criação de gado. A comprovação veio por satélite, com imagens de locais demarcados da União sendo destruídas em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. 

A ação dos grileiros na região causou prejuízo de mais de R$ 200 milhões. Além de apropriação de terra pública, as polícias civis e federal têm detectado outras motivações para os incêndios: fogo em lixo, queima descontrolada, brigas trabalhistas e limpeza de terrenos. 

Para a BandNews FM de Brasília, o diretor da Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Barros, falou de ações orquestradas. "A gente sabe que pode ser decorrência de uma retaliação dos criminosos ambientais contra essa intensificação das nossas ações que ocorreu desde o início do ano passado com a criação da diretoria da Amazônia e do meio ambiente na Polícia Federal", diz. 

O governo quer aproveitar o momento de comoção para pressionar o endurecimento de penas para quem provocar um incêndio criminoso. Dentre os projetos no Congresso, o Planalto escolheu um de autoria de Davi Alcolumbre (União Brasil), já aprovado no Senado e que aguarda tramitação na Câmara. 

A atual lei prevê prisão de dois a quatro anos a quem provocar incêndios nas matas. O texto de Alcolumbre aumenta a pena para três a seis anos e torna a queimada crime hediondo quando causar morte de pessoas, afetar a saúde pública, danificar zonas de preservação ou ameaçar a existência ou continuidade de um ecossistema. 

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