Uma nova era que chega acompanhada de uma série de tecnologias para otimizar processos. Imagine um robô bombeiro, que atua em ambientes onde um ser humano jamais poderia chegar, a 600 graus celsius de temperatura. E que tal um drone submarino para ajudar nas análises das estruturas? Ou um óculos de realidade virtual que ajuda a coletar informações geológicas?
Inovações que buscam auxiliar em processos e pesquisas que têm como foco a transição energética, ou seja, a passagem da produção de energia focada em combustíveis fósseis para fontes renováveis. Uma mudança que ainda vai levar tempo para ser consolidada, mas que se dá aos poucos, inclusive por meio de novos projetos que também têm velhos parceiros de caminhada.
Os novos tempos também vêm acompanhados de duas grandes apostas: a produção de hidrogênio verde, considerado o combustível do futuro já que utiliza energia renovável, e um projeto de parque eólico no mar.
Isso passa por novas formulas como a adição de óleos vegetais ao diesel. Um combustível bem menos poluente. Buscar novas energias não significa abandonar o petróleo, mas usar toda tecnologia para reduzir o impacto para o meio ambiente. Este é desafio da Petrobras para justificar a exploração do petróleo que existe na bacia amazônica.
Um dos investimentos mais atuais da estatal são os supercomputadores, usados para processar um alto volume de dados para as pesquisas. E já fazem parte desse futuro menos poluente: seis deles estão entre os mais ecoeficientes do mundo.
O Gaia é um dos supercomputadores mais recentes. Ele entrou em operação em agosto desse ano e, para se ter ideia da potência dele, a capacidade de processamento é equivalente a um milhão e meio de smartphones ou 40 mil laptops.
Tudo isso serve, por exemplo, para criar modelos como que agilizam as explorações realizadas pela empresa, aumentando a precisão e diminuindo riscos.
Avanços que aumentam a produtividade. Exemplo disso é o preço da produção de petróleo no Brasil que, graças a pesquisas e às tecnologias desenvolvidas para o pré-sal, levaram o país a chegar perto por exemplo, da Arábia Saudita, que tem um dos custos de produção mais baixos do mundo. Em 2022, o valor no Brasil foi de US$ 5,80 barril de óleo, enquanto na Arábia saudita foi de US$ 3,05.
Mas tudo isso ainda não significa o fim do petróleo. Sim, um dia ele pode acabar, mas a expectativa é de que nem todo o volume das reservas seja consumido, diante da transição energética. E até lá ainda tem um longo caminho pela frente. Mas sempre de olho em uma produção cada vez mais limpa e nas energias renováveis.