A Petrobras vai pedir ao Ibama que reavalie o veto à licença ambiental com medidas adicionais de proteção para explorar a região da foz do Amazonas, no litoral do Amapá.
A estatal propõe disponibilizar 100 profissionais, 12 embarcações e cinco aeronaves. Essa seria a base com maior estrutura de resposta a emergências já oferecida até hoje no brasil, segundo a empresa.
A sonda já está lá, e chegou a três mil metros de profundidade. Agora depende da licença do Ibama para perfurar mais quatro mil metros, perfurar a chocha e chegar ao petróleo, recolher amostras e avaliar se compensa a exploração.
Em nota, a companhia afirma que terá o compromisso de ampliar a base de estabilização da fauna no município de Oiapoque, no Amapá. Assim, caso aconteçam acidentes, o atendimento será mais rápido. Segundo a empresa, nunca foram registrados vazamentos de óleo em operações de perfuração.
Os dois ministros envolvidos na queda de braço dentro do governo, a do Meio Ambiente e o de Minas e Energia, aproveitaram audiências públicas no Congresso para passar recados. Alexandre Silveira classificou como inadmissível a decisão do Ibama.
"Será uma incoerência e um absurdo com brasileiros que precisam do desenvolvimento econômico com frutos sociais e equilíbrio ambiental. Outras petroleiras no mundo ganharam blocos de petróleo ali e vão discutir com a união ressarcimento de recursos investidos, inclusive de outorga”, disse.
Já Marina Silva diz que o novo pedido será avaliado, mas a decisão não deve sair logo.
Uma avaliação dessa leva de dois anos a dois anos e meio. E a decisão do governo foi de que nós vamos fazer sim a avaliação ambiental estratégica. Os atalhos não são bons em determinadas questões, é melhor a gente fazer o caminho, e fazendo o caminho as coisas acontecem."
A estimativa é que o litoral que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte seja uma espécie de novo pré-sal, com potencial para produzir 30 bilhões de barris. A empresa separou US$ 3 bilhões para investir em 16 perfurações na área, tudo ainda em fase de sondagem.