A perícia do acidente do trem que transportava cloreto de vinila divulgada nesta quinta-feira (23) mostra que maquinistas do veículo tentaram frear momentos antes do descarrilamento em Ohio, nos Estados Unidos.
A conclusão dos investigadores do Conselho Nacional de Segurança em Transporte mostra que os sensores da composição demoraram para alertar sobre uma falha, que levou ao superaquecimento nos rolamentos dos trens.
Os condutores só começaram a diminuir a velocidade após notarem fogo e fumaça, mas era tarde demais. 50 vagões saíram dos trilhos e o gás inflamável e tóxico acabou explodindo.
O relatório foi divulgado no mesmo dia em que o secretário de transportes visitou a cidade de East Palestine, em meio a críticas dos moradores e da oposição republicana pela demora de uma resposta à crise.
Desde que os trens descarrilaram e uma explosão controlada foi realizada para queimar os gases tóxicos, a população da pacata cidade, de 5 mil habitantes, tem reclamado de falta de transparencia.
Autoridades ambientais ressaltam que não há riscos à saúde pública, e que a qualidade da água, do solo e do ar é monitorada a todo momento. Mas, muitos moradores têm apresentado sintomas como dores de cabeça e erupções na pele, além de questionar se vale a pena continuar morando na região.
Nesta quinta, o departamento estadual de recursos naturais informou que mais de 43 mil espécies de animais marinhos morreram, a maioria pequenos peixes e anfíbios, em razão do vazamento de produtos químicos.
O CEO da Norfolk, empresa responsável pelo trem, pediu desculpas pelo acidente, e afirmou que a companhia trabalha o mais rápido possível para limpar toda a área. O governo americano ordenou a corporação a pagar todos os custos, inclusive das análises ambientais.