Pelo menos 20 estados brasileiros procuraram o Ministéiro da Saúde solicitando doses contra a Covid-19 nos últimos meses. Diversos brasileiros chegam à procura de vacina contra a doença e dão de cara com avisos da falta do imunizante.
A falta de vacinas foi denunciada pela Confederação Nacional dos Municípios em setembro. O Rio Grande do Sul, por exemplo, alega que não recebe imunizantes desde junho. No Ceará, a última remessa foi em julho, mesma situação de Minas Gerais.
O Ministério da Saúde inseriu as vacinas de Covid-19 no calendário infantil deste ano e planejava entregar 70 milhões de doses atualizadas, mas foram entregues apenas 8 milhões. O motivo? A maior parte estava próxima do vencimento.
Mesmo assim, alguns estados receberam vacinas com prazo de validade a poucos dias do vencimento. O governo jogou a responsabilidade para a empresa que forneceu as vacinas e, como a troca das doses mais novas é demorada, houve o atraso.
A ADIUM, empresa que fez o contrato, disse que substituirá todas as vacinas que estiverem próximas do vencimento. Somente do laboratório Moderna, o governo perdeu mais de 4 milhões, das 12 milhões de doses adquiridas. O valor da perda não foi informado.
Todos os contratos são fiscalizados pelo Tribunal de Contas da União. Cabe ao TCU confirmar a perda e, se constatar uma negligência ou má gestão, determinar punições.
Vacina Covid-19
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil