PCC teria agenciado atletas do Corinthians e cantores de funk, aponta investigação

Agenciamento de jogadores e músicos tinha o objetivo de lavar o dinheiro da organização criminosa, segundo apuração do Ministério Público

Uma investigação do Ministério Público aponta a ligação do PCC, uma das maiores facções do país, com o agenciamento de jogadores de grandes clubes de futebol, como o Corinthians, além de cantores de funk. O objetivo, segundo o MP, seria lavar o dinheiro da organização criminosa. 

Valores milionários movimentados em contratos e transferências de atletas, para lavar o dinheiro do tráfico sem chamar a atenção das autoridades. O promotor Lincoln Gakyia, em entrevista à Rádio Bandeirantes, garante haver participação do crime organizado não só no esporte, como no mundo da música. 

"Posso garantir que há a participação do crime organizado na carreira dos jogadores, cantores, funkeiros, etc. Essas pessoas não têm o menor envolvimento, mas o crime organizado já percebeu que é um bom filão para se atuar", pontua. 

A promotoria descobriu o esquema através de uma delação premiada de um empresário, que apontou Danilo Lima de Oliveira, o 'Tripa' e Rafael Maeda Pires, o 'Japa', como intermediadores de negócios e transações de jogadores de futebol. Entre os nomes citados, estão Du Queiroz e Igor Formiga, ex-atletas do Corinthians. 

As transações teriam ocorrido em 2021. Japa, encontrado morto em 2023, teria falado na época sobre o ex-presidente do Corinthians, Duílio Alves e sobre um ex-técnico do sub-20. Tripa e Japa teriam ligação com três empresas denunciadas na delação, que já agenciaram atletas como Éder Militão, do Real Madrid e Emerson Royal, do Milan. 

O MP ainda vai ouvir o delator para buscar mais provas de como o dinheiro do tráfico era esquentado na compra e venda de jogadores de futebol. O Corinthians afirmou que irá colaborar com as investigações, já o ex-presidente disse nunca ter tido contato com os investigados. 

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