"Narcosul": PCC comanda esquema de tráfico internacional da Bolívia

Investigadores acreditam que envio de toneladas de cocaína para a Europa renda lucro de R$ 1,5 bi à facção criminosa

Rodrigo Hidalgo, do Jornal da Band

A guerra das drogas na fronteira do Paraguai com o Brasil passa pela Bolívia. É de lá que lideranças do PCC comandam uma rede de tráfico que a polícia batizou de "Narcosul".

Em, Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, bares, restaurante de luxo e pontos turísticos são frequentados por narcotraficantes brasileiros. Imagens mostram Anderson Lacerda Pereira, o "Gordão", chegando no aeroporto da cidade boliviana. 

Fotos e vídeos foram encontrados em celulares dele, apreendidos pela polícia. Em uma delas, "Gordão" se reúne com supostos traficantes em um bar. Outra imagem mostra o filho dele, que também está foragido, com Renato Bustamante Júnior, filho de criação do criminoso. Renato foi preso por tráfico, no mês passado, na grande Recife.

As autoridades brasileiras sabem que a Bolívia, um dos maiores produtores de cocaína do mundo, se tornou o esconderijo de chefões da facção que comandam o chamado "Narcosul". André Oliveira Macedo, o “André do Rap", também estaria na região. A polícia busca pistas do paradeiro do traficante desde que ele saiu pela porta da frente da cadeia, no fim do ano passado, beneficiado por uma decisão do então ministro do Supremo Tribunal federal Marco Aurélio Mello.

Da Bolívia, os criminosos comandam todo um esquema de tráfico internacional. Eles contam com uma rede de proteção, que envolve policiais e militares bolivianos corruptos, cooptados pelo negócio bilionário da cocaína.

Investigadores acreditam que o PCC lucre cerca de R$ 1,5 bilhão por ano com o envio de toneladas de cocaína para a Europa.

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