Durante reunião do Conselho de Saúde Suplementar nesta terça-feira (27), o ministro da Economia Paulo Guedes disse que “os chineses inventaram o coronavírus”, e que a vacina do país é "menos efetiva" do que o imunizante da Pfizer, dos Estados Unidos. Porém, ele não percebeu que o encontro estava sendo transmitido ao vivo pelos redes sociais.
"O chinês inventou o vírus, e a vacina dele é menos efetiva do que a americana. O americano tem 100 anos de investimento em pesquisa. Então, os caras falam: 'Qual é o vírus? É esse? Tá bom, decodifica'. Tá aqui a vacina da Pfizer. É melhor do que as outras", falou.
Ao saber que a reunião estava sendo transmitida, Guedes chegou a pedir que as declarações não fossem ao ar. O vídeo foi excluído pouco depois,
Depois da repercussão negativa, Paulo Guedes pediu desculpas na noite desta terça pela fala.
“Eu usei uma imagem infeliz. Nós estávamos em uma reunião interna nossa e falávamos sobre a necessidade do setor privado de saúde complementar nos ajudar no combate à pandemia”, justificou. Ele disse que tomou a CoronaVac, é muito grato e não vai falar mal da vacina.
Na mesma reunião, o ministro da Casa Civil Luiz Eduardo Ramos disse que tomou a vacina “discretamente” e que está tentando convencer o presidente Jair Bolsonaro, de 66 anos, a se imunizar.
A declaração de Guedes é mais uma fala de membros do governo contra a China. O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi um dos mais ferrenhos críticos contra os chineses, inclusive chamando o coronavírus de “comunavírus”.
Antes de fechar acordo com o Instituto Butantan, que produz o imunizante no Brasil, Bolsonaro havia dito que não compraria a “vacina chinesa de João Doria". Depois, voltou atrás na decisão.