Parceria da Band com Cinemateca resulta em exibição de filmes raros restaurados

Projeto “Viva Cinemateca” restaura centenas de películas raras que resistiram a incêndios, alagamentos e ao abandono do poder público

Da redação

Em cada imagem, uma pouco da história de um Brasil de outros tempos. É o caso de cerimônias e festas da igreja em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A filmagem, de 1910, documenta os costumes e a vida na cidade gaúcha no início do século passado.

A película foi identificada como a mais antiga da Cinemateca Brasileira, resultado de um enorme trabalho de pesquisa que revisou e catalogou todo o acervo de filmes em nitrato de celulose. Aquele era o primeiro plástico usado nas fitas de cinema.

No local, são 1.785 títulos raros, do início do século XX, que resistiram a cinco incêndios, alagamento e abandono do poder público. Muitas películas precisaram de reparos. Tudo isso faz parte do projeto “Viva Cinemateca”. Na ação, 900 títulos ainda foram duplicados, o que garantiu uma cópia dos originais, armazenadas em locais diferentes.

O objetivo das cópias é evitar que essa história se perca em caso de acidente, por exemplo, e garantir o acesso, em filme, para as próximas gerações. Todo material também foi digitalizado e poderá ser visto, a partir do dia 15 de junho, no site do Banco de Conteúdo Cultural da Cinemateca, o bcc.gov.br.

Com mais de 50 mil títulos, a instituição reúne o maior e mais completo acervo histórico do audiovisual brasileiro. Em uma parceria com a Cinemateca, o Grupo Bandeirantes exibirá alguns dos filmes em seus canais.

O primeiro filme é "Amazonas, o Maior Rio do Mundo", filmado em 1940. A gravação, considerada desaparecida, foi encontrada no acervo da cinemateca de Praga, na República Tcheca, onde estava catalogado como uma produção americana. A obra foi a primeira a ser rodada na Amazônia.

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