O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será ouvido novamente, nesta segunda-feira (11), pela Polícia Federal (PF). A convocação pelos agentes acontece depois do depoimento do ex-comandante do Exército Freire Gomes, considerado chave por investigadores.
Fontes da PF afirmam que, caso Cid não responda às perguntas, poderá ser preso novamente de forma preventiva. A defesa diz que o militar entregou todas as informações que considerava importantes relativas à tentativa de golpe de Estado. Para a investigação, Bolsonaro agiu para cancelar as eleições de 2022, o que os advogados do ex-presidente negam.
Moraes proíbe Bolsonaro em atos militares
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu Bolsonaro de participar de eventos das Forças Armadas e de polícias militares.
Os alvos da proibição são os envolvidos na tentativa de golpe investigada pela PF. Além de Bolsonaro, alguns militares estão na lista, como os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira.
A restrição também atinge o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
Defesa e FA comunicadas
Moraes comunicou a proibição ao Ministério da Defesa e aos comandos das Forças Armadas. O ministro ainda determinou uma multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento. A defesa de Bolsonaro ainda não comentou a proibição.
A decisão de Moraes foi tomada no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe, que afirma que Bolsonaro agiu para cancelar as eleições de 2022.
A PF espera levar as conclusões da investigação à Procuradoria Geral da República (PGR) até o fim de junho.