Apesar da leve melhora, a idade avançada de Papa Francisco e o histórico de problemas de saúde preocupam. Até esta segunda-feira (24), o estado de saúde do pontífice é considerado “crítico”. 

A pneumonia é a doença infecciosa que mais mata idosos no mundo. Francisco, de 88 anos, enfrenta um quadro de pneumonia bilateral, que afeta os dois pulmões. Para respirar, o sumo pontífice está recebendo oxigenação de alto fluxo, o que só pode ser feito, de maneira não invasiva, por almofadas nasais. 

A máscara impede que o ar escape pelas laterais, promovendo um forte fluxo de oxigênio e melhor circulação.

Além da doença, outro fator de preocupação com a saúde do santo padre é a idade avançada, o que torna o tratamento mais difícil e complicado. 

“Uma pneumonia no idoso na faixa geriátrica sempre preocupa mais por causa da fragilidade do sistema imune, de muitas comorbidades que o idoso muitas vezes tem. Coração, rim ou mesmo pulmão”, explicou o pneumologista André Nathan, ao Jornal da Band. 

Crise renal pode ter sido causada por remédios

A situação do Papa é ainda mais complicada porque ele tem um pulmão comprometido desde muito jovem. Por causa da inflamação, Francisco vem recebendo corticoides, que são eficientes, mas podem afetar outros órgãos. 

“É um dos melhores remédios para tirar o paciente da crise, aquele momento de doença aguda; mas quando é individuo crítico, ele também reduz um pouco a imunidade. A médio e longo prazo, cobra o seu preço. Tem efeito de aumentar glicemia, afetar diabetes, aumentar pressão”, afirmou o especialista. 

Esse também pode ser o motivo do Papa ter apresentado sinais de insuficiência renal leve, um quadro comum em pessoas que estão hospitalizadas tratando algum problema de saúde. Isso acontece quando os rins perdem a capacidade de filtrar e eliminar as toxinas do sangue. Se não for tratado, pode evoluir para uma doença renal crônica.