Pão e café ficam mais caros em 2025 e especialista projeta continuidade na alta dos preços

Economista explica que os preços foram impactados pelas condições climáticas, demanda aquecida tanto no Brasil como no exterior e até o dólar

Olívia Freitas

Pão e café ficam mais caros em 2025 e especialista projeta continuidade na alta dos preços
Pão francês
Reprodução/Melhor da Tarde/Band

O tradicional pão francês, item quase que obrigatório nas mesas pela manhã dos brasileiros está cada dia mais caro. Em um ano o preço do pãozinho aumentou em 16 capitas do Brasil. 

A dupla famosa das manhãs dos brasileiros começou mais cara em 2025. O quilo do pão francês aumentou em 14 capitais pesquisadas pelo Dieese. A maior alta foi em João Pessoa, com mais de 2%. Já o café ficou mais caro em todas as cidades analisadas. O maior aumento foi em Goiânia, com 23%. 

“No caso do café, ele vem aumentando desde 2020. Talvez não seja uma questão pontual e sim estrutural. Está chovendo menos no Brasil e está afetando a produção”, disse o economista Renan Pieri.

Os dois itens estiveram entre as principais altas, mas não foram as únicas. O preço da cesta básica aumentou em 13 capitais no mês de janeiro, e acende o sinal de alerta para um grupo que puxou a inflação em 2024: os alimentos. 

Ao Jornal da Band, o economista explicou que os preços foram impactados pelas condições climáticas, demanda aquecida tanto no Brasil como no exterior e até o dólar. Para 2025, a expectativa é que os preços ainda subam, mas em um ritmo menor. 

“Em geral, a gente espera que eles passem a aumentar menos”, completou. 

Tudo isso pesa mais no orçamento das famílias mais pobres, que comprometem a maior parte da renda com alimentação. Uma padaria, na zona sul de São Paulo, sabe disso e faz de tudo para não repassar os preços aos clientes. 

“A gente tem que dar um jeito de conseguir comprar mais barato para vender mais barato também. Se não, a gente não consegue porque fica realmente pesado para as pessoas”, disse o Acácio Mendonça, gerente do estabelecimento.  

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